terça-feira, 22 de outubro de 2019

Assis Chateaubriand (Paraná)

Assis Chateaubriand (Paraná)


Município de Assis Chateaubriand
Bandeira de Assis Chateaubriand
Brasão de Assis Chateaubriand
BandeiraBrasão
Hino
Aniversário20 de agosto
Fundação20 de agosto de 1966 (53 anos)
Gentílicochateaubriandense
Prefeito(a)João Aparecido Pegoraro[1] (PSC)
(2017 – 2020)
Localização
Localização de Assis Chateaubriand
Localização de Assis Chateaubriand no Paraná
Assis Chateaubriand está localizado em: Brasil
Assis Chateaubriand
Localização de Assis Chateaubriand no Brasil
24° 25' 12" S 53° 31' 15" O
Unidade federativaParaná
MesorregiãoOeste Paranaense IBGE/2008 [2]
MicrorregiãoToledo IBGE/2008 [2]
Região metropolitanaRegião Metropolitana de Toledo
Municípios limítrofesToledoTupãssiPalotinaAlto PiquiriIporãFormosa do OesteJesuítas e Nova Aurora.
Distância até a capital584[3] km
Características geográficas
Área969,588 km² [4]
População33 362 hab. estimativa populacional — IBGE/2019[5]
Densidade34,41 hab./km²
Altitude440 m
Climasubtropical Cfa
Fuso horárioUTC−3
Indicadores
IDH-M0,787 alto PNUD/2000 [6]
PIBR$ 499 969,017 mil IBGE/2008[7]
PIB per capitaR$ 15 115,31 IBGE/2008[7]
Página oficial
PrefeituraSítio oficial
Assis Chateaubriand é um município brasileiro do estado do Paraná. Fica situado entre ToledoTupãssiPalotinaAlto PiquiriIporãFormosa do OesteJesuítas e Nova Aurora. Sua população estimada em 2019 era de 33.362 habitantes

História[editar | editar código-fonte]

O oeste do Paraná tem uma rica história na sua contextualização, pois a partir do fim de 1541, o espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, adentrou ao território do Guairá, terra de muitas riquezas (árvores, fauna, rios e terras para o cultivo). Com sua comitiva atravessou o rio Iguaçu (Foz do Iguaçu), percorreu as margens do rio Tibaji (Curitiba), atravessou o rio Ivaí (Maringá), tomando rumo do oeste, transpassando o rio Piquiri (Umuarama e Assis Chateaubriand) em dezembro de 1541, retornando ao ponto de partida.
É nesse período que desbravadores passaram pela região e o contato com a natureza, animais e índios deu-se de uma forma harmoniosa. A referida área que compreende o município de Assis Chateaubriand, na atualidade, está situada no vale do rio Piquiri, sendo esta de domínio particular (terras que foram repassadas pelo Governo Imperial, numa área de 219.244 alqueires paulistas, que compreendia desde o rio Melissa (município de Nova Aurora) até o rio Azul (Município de Palotina), tendo como ponto de partida o ano de 1843, mais precisamente dia 10 de julho de 1843, documentada na freguesia de Nossa Senhora do Belém de Guarapuava, a favor de Francisco Antonio dos Santos. Tal imóvel rural foi denominado “Gleba Santa Cruz” e que após várias transferências, num total de 21, no ano de 1952, iniciou os trabalhos de colonização com Adízio Figueiredo dos Santos, através da Colonizadora União d'Oeste Ltda., onde foi registrado uma área de 90 mil alqueires paulistas no dia 15 de setembro de 1952.
No governo de Bento Munhoz da Rocha Neto (1951-1955), as terras foram confiscadas pela União, pois entendiam que eram terras devolutas. Com um mandado de segurança, Bento Munhoz da Rocha Neto garantiu a posse das terras.
Após julgamento a favor da Colonizadora, houve uma negociação com o governo de Moisés Lupion (1956-1960), chegando à seguinte resolução: fora devolvido metade das terras para o Governo e a Colonizadora União d'Oeste Ltda. ficou com posse definitiva, compreendendo entre o rio Verde (município de Jesuítas) e o rio Azul (município de Palotina).
De 1952 a 1958, foi dada a denominação de Campo dos Baianos, em homenagem, a José Antônio de Araújo, o popular “Baiano da Foice”, que na época, cuidava do campo de aviação e, também por sua origem nordestina. A primeira estrutura urbana foi criada, pequena e rústica, montada para receber compradores e corretores de terras.
Nesse período, Adízio Figueiredo dos Santos também atribuiu a essa localidade de “Cidade Morena”, devido a vinda de pessoas do norte do país, por sua cor de jambo, morena, bonita e também como se fosse uma ilha étnica de pessoas oriundas do norte e do sul, ou seja, o encontro de duas correntes migratórias.
A Colonizadora Norte do Paraná S.A. começou a desbravar a região vale do rio Piquiri, em 28 de setembro de 1958, encontrando terras férteis, consideradas “as melhores do mundo”.
Oscar Martínez foi o fundador da cidade de Tupãssi, que em tupi significa “mãe de Deus”. Esse nome originou-se, em 15 de dezembro de 1960, com a compra de uma de suas fazendas, no pantanal do Mato Grosso, que chamava Tupaci, na língua dos índios Kaduwéus (índios cavaleiros).
O distrito de Tupãssi crescia, tanto no número de habitantes, quanto na agricultura. O Cartório do Registro Civil que existia naquela época registrou em 1962, o nascimento de 81 crianças. O número de registros aumentou para 251 em 1963 e 588 em 1964. Registrou-se também em Tupãssi, em 1962, apenas um casamento. No entanto, em 1963 eram 21; em 1964, 84 e até o dia 1º de setembro de 1965, haviam sido realizados 103 casamentos.
A pedido do jornalista David Násser, na ocasião em que o embaixador Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, iria se submeter a uma difícil intervenção cirúrgica nos Estados Unidos, mudou o nome Tupãci para Assis Chateaubriand, em homenagem ao representante dos jornalistas brasileiros, imortalizando assim, o nome desse audaz pioneiro e semeador do progresso.
O Governador Paulo Cruz Pimentel, em solenidade realizada num barracão anexo à Paróquia Nossa Senhora do Carmo no dia 20 de agosto de 1966, criou o município de Assis Chateaubriand, desmembrado de Toledo, elevando sua sede à categoria de cidade, cuja lei foi sancionada “in loco” (Lei n° 5.389). Nesse dia esteve presente o embaixador Assis Chateaubriand, que em trecho de seu discurso disse: “A homenagem deveria ser prestada ao bandeirante Raposo Tavares, pois se não fosse ele o Paraná nunca haveria de ser brasileiro”.
No ano de 1983, através de consulta popular, a cidade passou a ter também um slogan que identifica sua cultura, seus valores, passando a ser chamada de “Morada Amiga”.
Denominações já atribuídas ao município:
  • Campo dos Baianos, de 1952 a 1958
  • Tupãssi, de 1958 a 1966
  • Assis Chateaubriand, a partir de 1966

Prefeitos e vice-prefeitos[editar | editar código-fonte]

PrefeitoPartidoVice-PrefeitoPartidoInício do mandatoFim do mandatoObservações
Manuel de Sousa Ramos14 de março de 196731 de janeiro de 1969Interventor
Rudy AlvarezDuarte Celestino de Oliveira31 de janeiro de 196931 de janeiro de 19731º prefeito e vice eleitos
Manuel de Sousa RamosDeobaldo Tiago de Oliveira1º de fevereiro de 197331 de janeiro de 1977Prefeito e vice eleitos
Koite DodoLuis Marcos Perdoncini1º de fevereiro de 197714 de maio de 1982Prefeito e vice eleitos
Luis Marcos Perdoncini14 de maio de 198231 de janeiro de 1983Vice-prefeito eleito no cargo de prefeito
Osvaldo LaghiPMDBLauro Pedro GasperinPMDB1º de fevereiro de 198331 de dezembro de 1988Prefeito e vice eleitos
Koite DodoPDTPedro Bonfietti FávaroPDT1º de janeiro de 198931 de dezembro de 1992Prefeito e vice eleitos
Luis do AmaralPMDBAmândio Cristóvão GarciaPMDB1º de janeiro de 199331 de dezembro de 1996Prefeito e vice eleitos
Vitor Fernando Martins PestanaPMDBMauro GuerraPMDB1º de janeiro de 199731 de dezembro de 2000Prefeito e vice eleitos
PP1º de janeiro de 200131 de dezembro de 2004Prefeito e vice reeleitos
Dalila José de MelloPTBNelson BoiagoPDT1º de janeiro de 200531 de dezembro de 2008Prefeita e vice eleitos
José CostaPT1º de janeiro de 200931 de dezembro de 2012Prefeita reeleita e vice eleito
Marcel Henrique MichelettoPMDBJoão Aparecido PegoraroPSDB1° de janeiro de 20136 de abril de 2018Prefeito e vice eleitos
João Aparecido PegoraroPSDBvago-6 de abril de 2018atualvice assumiu em definitivo após desistência do titular

Aspectos econômicos[editar | editar código-fonte]

O oeste do paraná comportou-se em três fases: a primeira fase é da economia extrativista e de subsistência familiar nas décadas de 1950 e 1960. A segunda fase, concentrada nas décadas de 1970 e 1980, período de modernização na produção agrícola, sendo implantadas a cultura da sojatrigoalgodão e milho. A terceira fase é a nossa atualidade, ou seja, década de 1990 e o novo milênio, marcada pela diversificação na base agropecuária e pela busca de alternativas da agroindustrialização e de competitividade.
No início da colonização de Assis Chateaubriand, onde tudo era mata-virgem, a principal fonte de renda era a agricultura comercial e principalmente a agricultura de subsistência para os que aqui chegaram. A primeira forma de agricultura fora o cultivo de hortaliçasmandiocafeijãoarroz e milho, criação de pequenos animais: porcogalinha e gado. Com a derrubada das matas, a escala de produção aumentou, passando a plantar em grande escalas, culturas já numeradas e o café em áreas altas, ou seja, cabeceiras dos lotes devido às geadas.
Com a introdução da lavoura branca, houve uma produção contínua, mesmo ainda com o plantio feito ainda manual, devido aos tocos e madeira derrubados nas propriedades. Surge assim em seguida o ciclo da hortelã, que empregou grande quantidade de gente, pois sua mão-de-obra era grande até a extração de óleo. Com a mecanização (década de 1960), com a entrada da soja no mercado, houve um êxodo rural, fato mundial, onde que parte da mão-de-obra fora absorvida por máquinas e implementos agrícolas, e com tal mecanização foram surgindo o algodão, o trigo e outras culturas até os dias de hoje. Vale apenas lembrar que a pecuária foi sempre constante na produção do município, sendo para a subsistência bem como para a comercialização.
Produção agrícola
Algodãoarroz irrigado, amendoim das águas, arroz sequeiro, fumofeijão das águas, feijão da seca, milho safrinha, milho safra normal, mandioca industrial, soja safra normal, trigo, bananauva da mesa, alfaceabóboraabóbora-tetsukabuto (cabotiá), beterrababatata docecouve-florcenoura, feijão vagempimentãopepinorepolhocapineira, semente de soja, semente de trigo, mudas essenciais flor nativas, soja orgânica,
Produção pecuária
Bovinosleite, bezerros, bezerras, garrotes, novilhas, touros, vacas para cria, vacas para corte, suínos, suínos-raça, ovos, ovos férteis de codorna, aves de corte, aves de postura, aves caipira, mel, cama de aviário, esterco de suínos/bovinos, alevinoscat-fishbagrecarpatilápia.

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