domingo, 4 de dezembro de 2016

Treze Tílias


Treze Tílias foi fundada por imigrantes da região do Tirol Austríaco que fugiam da grave crise econômica que assolava a Europa no período entre – guerras. O então ministro da Agricultura da Áustria, Andreas Thaler, trouxe o primeiro grupo de 82 famílias de imigrantes, que chegou à região em 13 de outubro de 1933.
A colônia recebeu o nome de “Dreizehnlinden” (Treze Tílias), em homenagem ao poeta Wilhelm Weber, que enaltecia a árvore em suas obras – a tília é uma árvore de grande beleza, muito comum na Áustria e que se adaptou muito bem no município. Vários outros grupos de imigrantes, na maioria originários do Tirol Austríaco, juntaram-se depois aos pioneiros.
Prefeitura Municipal
Prefeitura Municipal
Um pedaço da Áustria dentro de Santa Catarina com 5 mil habitantes. É um povo alegre com grupos folclóricos típicos e animadas festas populares. Chama a atenção também pela arquitetura de suas casas, detalhes de decoração como umbrais de portas, varandas e esculturas sacras. Com a Tirolerfest, faz parte do circuito das festas de outubro em Santa Catarina.
Parque Lindendorf - Obs: O Parque fica fechado nas segundas-feiras e no mês de agosto (www.minicidade.com).
Parque Lindendorf – Obs: O Parque fica fechado nas segundas-feiras e no mês de agosto (www.minicidade.com).
Muitos moradores de Treze Tílias viajam à Europa, beneficiados por bolsas de estudo ofertadas pelo Estado do Tirol. A cidade abriga o único consulado austríaco de Santa Catarina e o único do Brasil localizado numa cidade do interior. Há baixíssimos índices de mortalidade infantil, analfabetismo e desemprego e o padrão de vida é bastante superior à média nacional. Situada numa região de geografia acidentada, Treze Tílias é uma boa opção para os adeptos de ultra-leve, com direito a uma vista espetacular da cidade. Vale conhecer também as cascatas Rohrer e Frozza.
Vinícola Kranz (www.vinicolakranz.com.br)
Vinícola Kranz (www.vinicolakranz.com.br)
O Portal de entrada da cidade, em arquitetura austríaca, é famoso. A cidade de revela na curiosa arquitetura típica da Áustria e nos fascinantes trabalhos em madeira produzidos por seus artistas, um dom herdado dos primeiros imigrantes. As obras espalham-se nos umbrais de portas, nas varandas e nos detalhes de decoração das casas. Destaque para as esculturas sacras, de todas as formas e tamanhos, pródigas em criatividade e beleza, que são conhecidas no mundo todo.
É comum encontrar ateliês onde se produzem esculturas em grande escala – o crucifixo da Catedral de Brasília, por exemplo, foi construído por Godofredo Thaler, neto do fundador da cidade. Quase todas as construções têm uma torre e um galo, símbolo da disposição do tirolês para o trabalho.
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Museu Municipal Andreas Thaler (Fone: 49 3537 0176) No ano de 1934 o Ministro Andreas Thaler (organizador da colonização) mudou-se definitivamente para a colônia no Brasil e entre os anos de 1934 e 1936 foi construída a sua residência, que passou a ser chamada de “Castelinho”, referência ao seu tamanho e imponência para a época.
A tradição artística está presente no dia-a-dia e nos principais eventos do município, em animadas festas populares e nos grupos folclóricos. Há vários grupos de dança folclórica tirolesa, com coreografias trazidas pelos imigrantes e mantidas através das gerações. Os grupos apresentam-se constantemente por todo o Brasil e também no Exterior, sempre com muito sucesso. As danças e os trajes revelam as tradições do Tirol e de outros Estados austríacos.
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Parque Águas Tirolesas (Fone: 49 3537 0396)
Os italianos também contam com seu grupo folclórico. A Tirolerfest, Festa da Tradição Austríaca inclui um desfile histórico, apresentações, noites culturais, romaria até a gruta de Nossa Senhora Aparecida e distribuição de chopp. Há também Festivais do Chopp, no centro da cidade e na comunidade de Babenberg, que são realizados em quase todos os meses do ano.

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